quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
A mesma receita
E a melhor profissão em Portugal é: Ex-Ministro!
O Diário de Notícias avança que 40 ministros e secretários de estado saíram directamente da política para cargos em grandes empresas públicas, só a Caixa Geral de Depósitos deu guarida a 23. Ser Ministro não serve para governar, serve para ter acesso aos cobres fáceis (entre os três e vinte mil euros) das grandes empresas públicas. Ir para a política para sair para enriquecer, onde é que já vi isto?!
Na República Romana (isto vai demorar um bocado, podem dormir um pouco) o interesse em fazer o cursus honorum, além do prestígio e todas essas tretas, era chegar a Pretor e Consul para no ano seguinte governar uma província (que era o equivalente a uma PT ou uma REN nos dias de hoje). Como governador de uma província, podiam usar os fundos (dinheiro público, como hoje) como bem intendessem: pôr o dinheiro público a ganhar juros e arrecadar os ganhos (qual offshore), vender cidadanias, cobrar mais impostos, enriquecer... tal e qual como se faz hoje em dia, afinal a receita tem 2300 anos MAS eles tinham algo chamado de ROCHA TARPEIA!!! Esses tais governadores quando acabavam o mandato na província podiam deparar com um processo judicial e serem levados à "dita cuja". Hoje não há rocha.
Na Idade Média, com todo o despotismo onde os cargos iam todos para a família e amigos (humm como hoje...) havia um tipo chamado REI, que se lembrava de vez em quando, e fazia uma "nobres cabeças" rolarem, ou porque sim (que até era bom pois fazia com que os governadores andassem na linha) ou porque havia um nobre que mictava fora do penico. Hoje não há reis.
Hoje há impunidade, de quem é a culpa? Deixo a pergunta: Quem é mais parvo? O parvo ou aquele que o segue?
Para voltar a pôr tudo outra vez nos eixos e drenar este "pântano à beira mar atolado" ou: volta a Rocha Tarpeia; rei não vale a pena porque o D. Duarte não ia dar conta do recado ou então arranja-se para aí um saca-rolhas gigante.
IMPORTANTE: Não consigo fazer com que o meu cão se sente, por isso não tenho influência nem serei responsável por futuras agressões a políticos utilizando um saca-rolhas ou uma pedra bem grande.
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