quinta-feira, 8 de abril de 2010
Sacos de Cimento da Cimpor
Para variar aí vai uma teoria da conspiração: a Cimpor anda-nos a meter a mão ao bolso!
Por norma, quem é "gente rude do campo" (como eu) ou trabalhou na construção civil, quando pensa em sacos de cimento da Cimpor pensa em 50 kg. Numa altura ou noutra já teve de os carregar.
Há uns anos lembro-me de ter feitos obras cá em casa e reparei que os sacos tinham 40 kg. Fiquei deveras admirado, sempre me recordava dos sacos com 50 kg. O que não me recordava era de uma alteração significativa dos preços dos sacos de cimento... Mas há pouco tempo reparei que agora os sacos pesam 35 kg... Mais uma vez não me lembro de uma mudança significativa do preço uma vez que os sacos pesam menos 15 kg do que há uns anos.
Já não bastava a máfia das gasolineiras e agora podemos ter uma do cimento. Se baixam a quantidade de produto, e aumentam o preço, sobem o lucro. Nem tudo é mau, as dores nas costas diminuiram.
Já basta ter os comunistas à perna, não me interessa ter também os "cimenteiros". Se me quiserem processar lembrem-se que estou apenas a lançar uma hipótese baseada em factos reais tal como o Gonçalo Amaral. Como o livro dele foi proibido e eu usei os mesmos métodos nunca se sabe mas se me quiserem processar por difamação apresentem facturas.
Desemprego e o PEC
Mais uma vez é o Zé Povinho o culpado da crise e não os "atrasados mentais" (peço perdão aos doentes e familiares) dos gestores que ganham TRÊS MILHÕES ou aqueles que são corruptos e ganham CINCO MILHÕES em indemnizações por serem despedidos por serem corruptos.
Os desempregados não querem trabalhar pois recebem subsídio de desemprego e se podem receber sem trabalhar porquê trabalhar? Segundo os homens dos MILHÕES estes desempregados são uma "cambada" de "calões" que não querem trabalhar, não podemos esquecer que há mais de dez mil ofertas de trabalho recusadas nos Centros de Emprego, e recusam trabalhar para estar em casa a receber o subsídio. Como não ganho milhões, tenho outra visão dos factos:
Mais uma vez o português quando chega a chefe só quer fazer o mínimo (porque é chefe), ganhar muito (porque é chefe) e ter o pé no pescoço e na dignidade do empregado (porque é chefe).
O subsídio de desemprego pelo que consta, é calculado através de uma percentagem do ordenado anterior depois de concluído cerca de pelo menos um ano de descontos. Se alquém trabalhou menos de um ano (números redondos) não tem direito a subsídio. Tem a sua lógica, não é perfeito mas tem a sua lógica.
O que não tem lógica é: o nossso Zé com 45 anos receber de subsídio cerca de 700 euros e ter mais um ano de subsídio, porque descontou durante 20 anos, e ser quase obrigado a aceitar uma oferta de emprego de 6 meses a receber 470 euros. Andou 20 anos a trabalhar para conseguir subir o ordenado para 700 e depois é quase obrigado a aceitar um de 470 e ainda por cima por 6 meses quando ainda tem um ano. No final desses 6 meses volta para o desemprego SEM subsídio porque só trabalhou 6 meses. O nosso Zé no final do ano vai ter menos 5580 euros para poder cuidar da casa e dos filhos, no entanto não foi um parasita! Apenas trocou a sua dignidade assim como o seu bem-estar e o bem-estar da sua família para um "atrasado mental" poder ganhar os seus TRÊS MILHÕES e uma desafogada pensão.
Vamos abrir os olhos, o desemprego pode bater à porta de todos e quem trabalhou merece esta protecção. É pela inépcia de quem nos lidera, não só no governo mas em tudo, que o país está onde está e não por causa de um desempregado que passou a vida a descontar, e que agora recebe as migalhas daquilo que descontou, que o país está onde está.
Se um desempregado não aceita uma oferta de emprego, por norma, é porque atentaram contra a inteligência e dignidade. Não conheço ninguém que em tempos como estes esteja disposta a perder dinheiro e qualidade de vida.
sábado, 3 de abril de 2010
A produtividade Portuguesa
Após muito tempo sem escrever nada, nem dar prova de vida, eis-me novamente aqui a denunciar o que mal vai neste país. Se tivesse o poder não denunciava, fazia "saltar".
Nesta altura de crise muito se falta sobre a falta de produtividade do povo português, do povo português na metrópole, pois "lá fora" aparentemente somos empregados exemplares.
Como é que se pode explicar isto?! Pode-se e não tem muita ciência: diga-se o que se disser os portugueses são EXCELENTES empregados mas PÉSSIMOS chefes.
É genético, português que é português é mau chefe (por norma) mas não é a genética que explica tudo. A seguir a Viriato, nem isto era Portugal, tivemos um romano a comandar-nos: Sertório; o nosso primeiro rei era filho de um francês e de uma "espanhola",a partir daí foi sempre a degenerar com uma ou outra excepção pelo meio; no século XVIII tivemos os ingleses a governar o país enquanto o rei treinava o acordo ortográfico no Brasil e no século XX tivemos uma ditadura que pecou pelo tempo que durou e pelos efeitos secundários. Só aqui tivemos bons chefes ( já ouço a chamarem-me facista)!!
O problema é mesmo este, temos falta de produtividade porque temos maus chefes e tendemos também nós a dar-mos maus chefes se não parar-mos para pensar o que andamos a fazer. Um chefe tem que conhecer os seus subordinados (directos) e a cima de tudo supervizionar!! Ainda encaramos o título de "chefe" como o de senhor feudal, somos donos e senhores dos nossos empregados e eles têm de nos servir esquecendo que temos de os liderar e supervizionar. Um chefe tem de dar o exemplo, não precisa de andar com a "pá" na mão, pois não é a função dele, mas tem que fazer o seu trabalho com tanto ou mais rigor que o seu empregado e principalmente tem de mostrar ao empregado que acompanha sempre o trabalho dele e que o reforça quando tem motivos para isso. Se o "patrão" chegar ao emprego depois da hora, o empregado não vai ter a obrigação moral de o fazer e se o "patrão" chega atrasado ao trabalho não controla se o seu empregado também chega... Se o "patrão" não acompanha o trabalho do empregado, qual é a necessidade deste se esforçar? Ninguém o controla e provavelmente o "patrão" ainda está na cama!!
Já se dizia no exército: "Se o oficial se encosta, o sargento senta-se e o soldado deita-se." Se eu fosse funcionário de uma certa empresa do estado a ganhar os meus seis mil euros anuais enquanto que o meu "patrão" tirava TRÊS MILHÕES de certeza que o meu rendimento ia baixar e muito. Se fossemos a atirar todos os gestores "anormais" que temos neste país da rocha tarpeia, nem ia a metade e já estavam a aterrar num tapede fofinho feito por aqueles que saltaram à frente.
O que o país precisa é de líderes competentes, quem tem a formação deve liderar-nos mas bem. A solução comunista de pôr o operário à frente da fábrica não nos vai levar a lugar nenhum.
Quem é o responsável pelo que se está a passar na foto? Claro que é o chefe! Devia estar a dar indicações aos seus subordinados de maneira a aumentar a eficiência da obra destribuindo as tarefas e supervizionando as mesmas pois é apenas isso que se pede dele e não propriamente pegar na pá.
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