terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A Teoria da "Pacaça"


A pedido de muitas famílias aqui vai tornado público a minha teoria sobre a “Tropa Pacaça”:
Para quem não foi militar, porque não quis ou não pôde, a denominada “Tropa Pacaça” são as forças regulares, por assim dizer, do Exército Português também vulgarmente conhecida por Tropa Macaca não faltando a esses militares enúmeras alcunhas depreciativas que não vou enunciar.
Diz quem sabe, que o termo surgido na Guerra do Ultramar era devido a um animal que habitava as nossas ex-colónias. Esse animal de aspecto parecido com um boi doméstico com os cornos revirados para trás, foi então utilizado para caracterizar as nossas forças regulares. Este termo terá sido utilizado pelas forças ditas especiais ou especializadas como os Comandos e Pára-Quedistas para se referirem à tropa regular.
Esta é mais ou menos a teoria em vigor, a minha é diferente, passo a explicar:
No Ultramar, não havia nem pelotões de atiradores, como se chama hoje em dia, nem companhias de atiradores ( leigos : Companhias têm cerca de quatro pelotões dependendo da orgânica e cada pelotão tem uma média de trinta homens ) havia sim os Caçadores como unidades de Infantaria. A Infantaria como se sabe tem como principal meio de deslocação as suas “botas” sendo portanto estas Unidades que faziam a maioria das patrulhas apeadas pelo meio da mata. Com o desenrolar da guerra, fosse artilheiro, fosse cavaleiro, cozinheiro ou “transmissivo” e à falta de meios e pessoal todos lá tinham que se enfiar na mata e fazer as patrulhas passando todos a ser de uma forma ou de outra “Caçadores”.É aqui que vou buscar o ponto fulcral : Ora, era tudo uma tropa de caçadores, sendo caçadores eram uma tropa para caçar, eram uma “tropa para caça”, pegando na tradição portuguesa de comer letras: “tropa para caça” = “tropa pacaça”.
Sendo assim o termo “Pacaça” vem não do animal mas sim porque grande parte do exército fazia tarefas que não eram da sua especialidade dando origem a uma falta de formação que levava à inexperiência, falta de disciplina e mesmo à morte. Face a estes pormenores terá quiçá as forças mais experientes referir-se às forças regulares como “Pacaça” tendo este nome ficado até hoje.
Também é certo o costume do exército pôr nomes à oposição ou povos que conhece, ficando aqui uns exemplos : Turra – de terrorista, chamado ao guerrilheiros pró-independentistas das ex-colónias; “Landru” \ “Bosniac” – nomes usados pelos militares para se referirem aos habitantes do Kosovo e Bósnia; “Timocos” – habitantes de Timor e finalmente “Abexins” – termo utilizado pelas forças portuguesas para designar os Afegãos.
O mais certo é eu estar errado, por isso é que não é um facto mas sim uma teoria.

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