segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A história volta a mostrar o caminho



O homem conhece a República há mais de 2000 anos, por acaso até vivemos numa, mas será que evoluimos ou nem por isso?
Se calhar nem por isso. Tomemos em conta a República Romana em vigor até ao último século antes de Cristo. Não tem nada a ver com a nossa, embora também fosse uma República, mas tinha uma coisa boa :os políticos quando acabavam o "mandato" viam-se aflitos com os tribunais. Caso houvesse corrupção, extorsão ou afins havia sempre alguém que os levava a tribunal. Caso fossem culpados acabava-se a sua carreira política terminando muitas vezes com o exílio, não um exílio à doutor, mas um exílio onde todos os bens eram confiscados e o dito "ex-político" era exilado para uma provincia onde não chateava ninguém. No caso português bastava retirar-lhe todos os bens e colocá-lo a cavar terra no Alentejo com o ordenado mínimo. Também tinham a Rocha Tarpeia mas esse aspecto nem vou desenvolver.
Infelizmente aqui, mesmo com estas medidas, talvez não funcionasse lá muito bem devido à nossa cultura: a cultura de votar em políticos que são criminosos e vigaristas, é simplesmente um hábito difícil de desenraizar. Em Roma os que tinham a fama de subornarem os eleitores estavam feitos porque ninguém ia votar neles. Cá e agora dá-se electrodomésticos...
Além de uma muito útil Rocha Tarpeia, venho adicionar mais uma solução trazida pela história universal : o exílio! Apreensão de todos os bens ( da família, portanto não valia a pena passar as coisas para o nome da esposa ) e um fascinante quiçá empolgante fim de vida cheia de aventuras a cavar os solos alentejanos com o ordenado mínimo (sim, porque somos civilizados).

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