Afinal, porque é que se casa pela Igreja?! Pela devoção, por tradição, porque é bonito casar com um vestido branco, porque parece mal à vizinha que tenhamos netos sem termos um genro e mais e mais e mais mas continuo, porque é que se casa pela Igreja?!
O que mais me aproxima dos Comunistas é ser ateu, o PCP pode não ser mas o "Zé Estale" era, portanto não vejo o porquê de me casar pela Igreja se não acredito na Religião Católica, não quero saber do que é que as minhas vizinhas pensam (muito devotas por sinal) e porque assinar um papel legalmente vale tanto ou mais.
Sendo a minha antiga média de casamentos de 1 em cada 5 anos e a actual de 1 por semana cheguei a uma conclusão estonteante sobre um acontecimento que pode tornar um Casamento Católico um bocado frio e desconcertante que põe o padre a olhar para os noivos de lado.
Se vós e os vossos conhecidos, amigos, família e afins forem extremamente devotos podem passar para o próximo "post" se não... fiquem por aqui.
Se forem das pessoas que se casam pelo vestido, tradição e afins e a última vez que entraram numa igreja foram obrigados e a maior parte dos vossos amigos, conhecidos e família também, então podem originar-se uns momentos de tensão.
O casamento é uma cerimónia, como tal, as pessoas que assistem à mesma têm que saber o que vão fazer e dizer senão dá barraca, claro está. Não saber o "Pai Nosso", a "Avé Maria", "Credos" e afins criam momentos de silêncio só interrompido pelo microfone do padre que é o único que os diz, ele e a tia Gertrudes mas a essa ninguém a ouve numa Igreja de 100 pessoas. Não saber quando sentar e estar de pé é outra.
Como evitar?
Duas hipóteses, ambas custam dinheiro:
1- fazer pequenos guiões da cerimónia (com TUDO) e coloca-los nos bancos e esperar que alguém os leia;
2- Já que está na moda pagar a coros para ir cantar no casamento, poupa-se um bocado na decoração das flores na Igreja e contratam-se cerca de 20 "acólitas\os" (por meros 100 a 200 euros, se compararmos com a quinta que custa 17500 é pouco) que debitem todas as orações e mais algumas. Pomos o grosso lá na frente e espalhamos as restantes. Assim é só olhar para as senhoras\es, imitar os mesmos movimentos e balbuciar uma canção qualquer dos "Evangelis" quando for a parte das orações. Assim não há silêncios constrangedores que fazem pensar ao Padre o que é que ele está ali a fazer no meio de ereges na Casa de Deus e a obrigar o pobre senhor que troca de carro todos os anos e que não paga impostos a estar constantemente a dizer-nos para nos sentarmos e a pormos de pé.
Visto bem a coisa este é um nicho de mercado ainda por explorar e o que não falta são "jovens" acólitas\os a quem a pensão não chega e que aceitavam de bom gosto mais uma maquia ao final do mês para poder pagar os genéricos.